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15 de out. de 2009

Direitos iguais no trânsito para bicicletas.

Ciclistas reivindicam mais incentivos para o uso da bicicleta

O cenário para os ciclistas do Brasil ainda apresenta uma série de barreiras e desafios a serem superados. A bicicleta, que já foi tema de música de Marcos Valle, de verso de Vinicius de Moraes, que já apareceu em muitos filmes publicitários e que representa o sonho de toda criança, continua sendo discriminada nas vias públicas.
Nas palestras realizadas no 10° SALÃO DUAS RODAS, Rodrigo Telles, representante do Clube de Cicloturismo e da UCB-União dos Ciclistas do Brasil, expôs as principais condições desse segmento que mexe com milhões de brasileiros. “É preciso legitimar efetivamente o uso da bicicleta com a criação de ciclovias que ofereçam segurança aos usuários”, enfatizou o ciclista. Para ele ainda falta união e comunicação entre os ciclistas fanáticos, que andam sempre equipados e os ciclistas comuns que utilizam o veículo para o trabalho ou lazer. “Deveríamos cobrar mais apoio das autoridades, inclusive na questão de educação no trânsito”, complementa.
Desde 1997, o uso da bicicleta foi legalizado no trânsito, com exigências como o uso de capacete, mas os ciclistas querem mais obras de infra-estrutura e condições favoráveis para a circulação em vias públicas.
Os números do mercado de bicicletas no Brasil impressionam. Estima-se que circulam no Brasil, cerca de 65 milhões de bicicletas, incluindo todos os tipos de uso, sendo 50% para locomoção ao trabalho, 32% de público infantil, 17% para recreação e lazer e 1% para competição. Quase dois terços da população tem alguma ligação com esse veiculo, que está muito presente , principalmente nas cidades com até 100 mil habitantes, maioria no País.
“O Brasil é o quinto maior consumidor de bicicletas do mundo, ficando atrás apenas da China, Estados Unidos, India e Japão e o terceiro no ranking de produtores”, informa José Eduardo dos santos, editor da revista Bicycle. “Quase a totalidade das bicicletas fabricadas no Brasil são absorvidas pelo mercado interno. Não somos nem exportadores nem importadores”.
Todos os palestrantes frisaram que a bicicleta é um veículo de integração entre as pessoas, excelente para a saúde, que reduz o índice de doenças cardíacas e diabetes, além da utilidade como meio de locomoção limpo e silencioso que ajuda a minimizar a formação da camada de ozônio, provocada principalmente pelos carbonos emitidos por outros tipos de meios de transporte.
Novos Horizontes - Medidas recentes da Prefeitura de São Paulo trazem novo alento para os ciclistas. Foram criadas ciclofaixas, ciclovias e bicicletários em algumas estações do metrô e parque, o que está ampliando o número de adeptos da bicicleta. Nesses locais a população pode guardar ou alugar bicicletas e até obter o veículo por empréstimo por tempo limitado.
“Tudo o que é exagerado é ruim como é o caso do excesso de veículos nas ruas. A bicicleta é um meio alternativo de transporte que ajuda a melhorar a questão ambiental e por isso começa a ser incentivado pelo poder público”, explica Laura Ceneviva, representante da Secretaria do Verde e do meio Ambiente da cidade de São Paulo. Para ela a sociedade deve mudar o comportamento e aderir às duas rodas, o que seria muito bom para todos que vivem nos grandes centros urbanos. ”A Prefeitura criou ciclovias e ciclofaixas para incentivar novas atitudes da população”.
Fonte: http://www.salaoduasrodas.com.br/noticias/destaques.asp?id=297
Postado por: Gilmar Cardoso/Bikepesquisa2009

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