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3 de fev. de 2010

Assista o video de Lance Armstrong - A história..


Ciclismo X Câncer de Testículos


Enfermeira Daniele Tozadori


Não existem duvidas sobre o beneficio da prática esportiva, da qualidade de vida e da prevenção de doenças cardiovasculares. Por fim, pedalar tem sido evitado por alguns homens por temerem o surgimento de doenças de próstata e da impotência sexual. Essa preocupação decorre do fato de várias reportagens cogitarem que andar de bicicleta pode predispor o surgimento de doenças, como inflamação prostática (prostatite) e câncer da próstata, alem de prejudicar a ereção e a atividade sexual.

Fala-se de Câncer de testículo e sua ligação com o ciclismo desde 1997, quando Irwin Goldstein, pesquisador da Boston University (EUA), estimou que cerca de 100 mil homens teriam desenvolvido impotência sexual devido ao ciclismo, esse tema tornou-se polemico. Trabalhos foram publicados explorando o assunto, que ainda hoje expiram atenção. O fato é que, o jornal The New York Times publicou um artigo orientando os praticantes do ciclismo sobre as precauções que devem ser tomadas para evitar problemas sexuais. E foi divulgado no Evanston Northwestern de agosto de 2004, que o ciclismo vem sendo associado a impotência pela ocorrência da compressão perineal, que pode lesar nervos e o suprimento sanguíneo responsável pela ereção. O mesmo artigo ainda sugere mecanismos para minimizar esse trauma, como utilizar selim mais largo e confortável e evitar longos períodos sentados, pedalando, sem descanso. Vários estudos parecem confirmar a relação entre impotência e ciclismo devido a esse mecanismo. O que não podemos afirmar é que pedalar seja CAUSA de disfunção erétil. Parece mais lógico acreditar que, em indivíduos com fatores predisponentes, como diabete, hipertensão arterial, vasculopatias e tabagismo, a compressão perineal prolongada possa acelerar o processo de aparecimento de impotência sexual. Devemos lembrar que centenas de indivíduos praticam o ciclismo e não apresentam essa complicação. Mas, se você tem fatores de risco para disfunção erétil, procure corrigi-los na medida do possível.

A preocupação com o câncer de testículo fica por conta da lembrança do maior ciclista da atualidade, campeão sete vezes do Tour de France, o americano Lance Armstrong. Ele foi vitima de um agressivo tumor testicular disseminado, que, após tratamento quimioterápico, obteve cura completa. Para a felicidade dos ciclistas, não existem estudos relatando a associação entre câncer de próstata e ciclismo. Compressão na região perineal tem sido relacionada à elevação do PSA (antígeno prostático especifico), que é uma substância produzida pela próstata e que ajuda no diagnóstico de doenças nesse órgão. Isso pode confundir a análise do PSA e por esse motivo, orienta-se o individuo a evitar ciclismo no período de coleta de material para exame. E, ao contrário do que se podia imaginar, estudos da Harvard Medical School demonstram que exercícios físicos aeróbicos, incluindo o ciclismo, auxiliam na prevenção do câncer prostático.

Quer saber mais sobre o assunto? Faça uma pergunta para a enfermeira Daniele Tozadori pelo email:

dtozadori@yahoo.com.br


2 comentários:

Essa matéria é muito interessante, pois orienta e informa como proceder para aqueles que praticam o esporte, deixando claro que a doença (cancer de próstata e problemas de ereção) não estão ligados ao esporte.
Do meu ponto de vista, tomando os cuidados que foram citados na matéria, a pessoa (nesse caso os homens) que prática o esporte tem uma qualidade de vida melhor.

Katia Rubio

Esta matéria é muito interessante porque deixa bem claro que não há ligação das doenças citadas com o esporte praticado.
Oque é certo que é bom tomar os cuidados devidos , pois se o atleta tiver uma pré disposição a doença por outros motivos que não o seja o esporte, é bom se previner, tomando os cuidados citados e indo periodicamente ao médido.

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